quarta-feira, 7 de novembro de 2012

COMEÇOU O PEDITÓRIO PARA A CASA DO COMERCIANTE (1)


(Pedir para algo fundamentado e necessário não envergonha quem pede e, em contrapartida, enobrece quem dá)



 Começou hoje o peditório para fazer face aos custos de escritura e promulgação dos Estatutos da Casa do Comerciante de Coimbra. Ver aqui. E aqui.
Durante uma hora, das 10 às 11 horas, eu e o Henrique Ramalhete, da “Casa Bambina”, ambos comerciantes, iniciámos o rogar na Rua das Padeiras. Saliento a boa-vontade geral de todos os comerciantes a quem pedimos uma nota de 5 euros, o que torna esta acção muito mais gratificante –lembro que as despesas de constituição de sociedade sem fins lucrativos implicam uma verba de mais de 500 euros. Como tal, e de acordo com os membros da comissão instaladora, entendemos pedir 5 euros a cada comerciante para esta despesa inicial. Esta primeira dádiva será descontada na quota de associado.
É muito interessante sentir o pulsar e ver a reacção de pessoas que, apesar de estarem financeiramente vulneráveis, mal falamos que é para a realização da “Casa do Comerciante”, imediatamente puxam da nota sem sequer se lamentarem, ou interrogarem o porquê de tudo isto. Parecem adivinhar o que nos move e está por detrás deste esforço. Nesta rua até uma loja chinesa contribuiu. Em contrapartida, e apenas como registo, um comerciante aqui instalado há décadas, apenas um, não colaborou. Argumentou que não sabia quanto tempo iria estar ali. E alguém sabe algo acerca do futuro? É por isso mesmo que se tenta levar esta obra solidária para a frente. Não preciso de chamar à colação este aforismo popular, mas vem a propósito: “só quem partilha cresce.”
Nesta primeira hora deste primeiro dia, conseguiu-se 110 euros. O que, num primeiro balanço geral, dá para ver que poderemos contar com a generosidade de quase todos os profissionais do comércio. Muito obrigado a todos.

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